Às vezes a
impressão que tenho é que vivemos anestesiados. Simplesmente vamos vivendo, sem
parar para refletir quem realmente somos ou o que queremos. E sem essa
reflexão, fazemos escolhas que muitas vezes não são internas, individuais. Absorvemos
passivamente verdades que são determinadas e impostas pelo cultural
e pelo social.
- · Seja um bom filho/a.
- · Estude em uma boa universidade, seja um aluno exemplar.
- · Arranje um bom trabalho, ganhe dinheiro, bastante dinheiro.
- · Arranje uma boa esposa/o, case-se com ela/e e tenha lindos filhos.
- · Compre uma casa, tenha um bom carro.
- · Compre, gaste, adquira.
- · Cancún, Disneyland, Paris, New York…
- · Acorde e tome seu café. Vá para o trabalho e trabalhe muito. Volte para casa exausto e assista sua novela preferida. Vá dormir, pois amanhã você tem que acordar cedo novamente e começar tudo de novo.
Difícil
tarefa essa de escolher ativamente e conscientemente. Afinal, a rotina é
frenética e atropela.
Para
refletir precisamos parar. Precisamos de calma, de silêncio e de tranqüilidade.
Para muitos, isso é pra quem pode. Eu já digo que é pra quem quer.
Somos
sujeitos ativos na nossa existência. Nossa história somos nós quem definimos.
Sartre já dizia: “o homem nasce condenado a ser livre”. Se tá ruim, é escolha
sua. Mude, se você quiser.
Enquanto
isso, o tempo passa, a vida passa. E quando nos dermos conta (se um dia isso
acontecer) passamos nossa juventude no automático, vivendo do jeito que aprendemos
que devemos viver.
Passamos a juventude pensando no futuro. Pensando em acumular para um dia usufruir. E não percebemos que, a hora de aproveitar é agora. O futuro é apenas uma projeção.
Eu tô fora.
Quero mais é fugir da média. Vou atrás do que me faz bem, do que me completa.
Se for igual aos outros, ótimo. Se não for, aceite.
Quero olhar
para trás e ver que vivi uma vida intensa, que estive presente e consciente em
(quase) todos os momentos. Quero ups and downs.
Quero
aprender, quero ver, quero sentir. Quero absorver o mundo. Quero me sentir
viva, acordada. De forma alguma, anestesiada.
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